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- 2001-01-25 - 2001-01-26 (Vervaardig)
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Em sociedades abertas e democráticas, a Administração Pública deve reger-se por valores e desenvolver uma cultura que permitam configurá-la como instrumento ao serviço do desenvolvimento económico e social e da promoção da cidadania. Colocando o utente dos serviços públicos e as suas necessidades no centro das preocupações, a Administração obriga-se, assim, a orientar-se no sentido da desburocratização dos processos e da qualidade dos serviços que presta.
Em Portugal, embora o modelo de gestão burocrática continue a ser a matriz dominante, o movimento de modernização administrativa iniciado em meados da década de 80 e que privilegia a óptica de serviço ao cidadão, produziu já resultados mensuráveis do ponto de vista qualitativo e quantitativo.
No contexto de uma sociedade em que a informação constitui um recurso estratégico, o aprofundamento e o alargamento desse movimento exige que, no conjunto de medidas a adoptar para o efeito e em que sobressaem os novos modelos de gestão e a qualificação dos recursos humanos, se integre também o desenvolvimento dos sistemas que recolhem, organizam e difundem tanto a informação gerada pela própria Administração como a que é necessária, do exterior, a cada responsável, dirigente ou funcionário para o exercício das respectivas funções.
A preparação técnica e o profissionalismo dos respectivos técnicos têm logrado conferir um bom nível de desempenho à generalidade desses sistemas os arquivos, as bibliotecas especializadas e os serviços de documentação e informação. No entanto, a inexistência de uma estratégia governamental global em matéria de política de informação para, este sector específico impede que tais unidades assumam um papel de maior relevo, que a sua natureza lhes permitiria desempenhar, na modernização da Administração, Pública e na construção da sociedade da informação em Portugal.
Com a 1ª Conferência Nacional sobre Documentação e. Informação na Administração Pública pretende-se, dar um contributo para a definição de uma estratégia adequada para este sector da informação documental, por forma a obter o máximo aproveitamento dos recursos disponíveis, numa perspectiva de desenvolvimento equilibrado da comunidade nacional.
Contextualizada e fixado o seu objectivo, a Conferência constituirá um primeiro grande momento de debate sobre as problemáticas consideradas mais relevantes, no momento actual, para os arquivos, as bibliotecas especializadas e os serviços de documentação e informação da Administração Pública.
Assim, visando suscitar a apresentação de reflexões, experiências e estudos, tanto numa perspectiva sectorial como transversal, estabelecem-se os seguintes temas estruturantes do programa da Conferência:
Política da informação: que estratégia para o sector?
Optimização de recursos e cooperação: serviços em rede, a rede nos serviços
Gestão da qualidade e inovação: desenvolver serviços de excelência
Tecnologias da informação: ferramenta ou factor estratégico?
Competências profissionais para novos contextos de trabalho
Acesso à informação do sector público: promovera cidadania, apoiar o desenvolvimento
Organização
Comissão Permanente do Grupo de Trabalho de Documentação e Informação da Administração Pública:
António Pina Falcão (Coordenador)
Angélica Jorge
Leonor Calvão Borges
Maria Paula Serrano
Teresa Fonseca