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10º Congresso BAD - Guimarães, 7 a 9 de Abril de 2010

Tema: Políticas de Informação na Sociedade em Rede

Para maximizar os benefícios sociais e económicos da sociedade em rede, é essencial formular e implementar políticas que, para além do acesso aos meios tecnológicos, promovam a criação, o fluxo e a utilização de ideias e de informação. As bibliotecas, os arquivos e, em geral, os serviços de informação, enquanto agentes activos na cadeia da informação e infra-estruturas fundamentais para o desenvolvimento integral dos cidadãos e para as actividades de organizações públicas e privadas, constituem parte integrante de políticas de informação abrangentes e articuladas, nas quais devem ocupar um lugar central.
Com o tema “Políticas de Informação na Sociedade em Rede”, o 10.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas constitui um fórum privilegiado de reflexão e debate sobre a nova geração de políticas de informação que, no início do século XXI, deverão ser definidas e postas em prática com o duplo objectivo de desenvolver recursos, serviços e sistemas de informação que sirvam toda a comunidade nacional e dotar os cidadãos portugueses com competências acrescidas de literacia da informação.
Em nome do Conselho Directivo Nacional da BAD e da Comissão Organizadora do 10.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas saúdo os colegas presentes este fórum
profissional, para o qual estão a contribuir com o melhor do seu esforço e do seu saber, e faço votos para que aqui vivam momentos marcantes de enriquecimento profissional e de convívio.

António Pina Falcão
Presidente da BAD

Temática
O desenvolvimento, nas últimas décadas, das redes de comunicação digital e a sua utilização em todas as actividades dos indivíduos e dos grupos sociais criaram condições de comunicação sem paralelo na História da Humanidade e, consequentemente, de partilha de informação e de conhecimento.
A sociedade em rede, como vem sendo designada a nova forma de organização social baseada nas redes de comunicação digital, não garante o usufruto, contudo, por todos os membros da comunidade, da informação e do conhecimento veiculado por essas redes.
Para maximizar os benefícios sociais e económicos da sociedade em rede, é essencial formular e implementar políticas que, para além do acesso aos meios tecnológicos, optimizem a criação, o fluxo e a utilização de ideias e de informação. As bibliotecas, os arquivos e, em geral, os serviços de informação, enquanto agentes activos na cadeia da informação e infra-estruturas fundamentais para o desenvolvimento integral dos cidadãos e para as actividades de organizações públicas e privadas, constituem parte integrante de políticas de informação abrangentes e articuladas, nas quais devem ocupar um lugar central.
Com o tema “Políticas de Informação na Sociedade em Rede”, o 10.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas constitui um fórum privilegiado de reflexão e debate sobre a nova geração de políticas de informação que, no início do século XXI, deverão ser definidas e postas em prática com o duplo objectivo de desenvolver recursos, serviços e sistemas de informação que sirvam toda a comunidade nacional e dotar os cidadãos portugueses com competências acrescidas de literacia da informação.

Subtema 1
INFORMAÇÃO E SOCIEDADE: IDENTIDADE, CIDADANIA, COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL

O conhecimento sobre as raízes e a história de um povo ou de uma comunidade está entre os seus mais fortes elementos identitários.
Língua, cultura, tradições, mas também o registo e a memória das actividades de instituições e pessoas plasmam os sentimentos de pertença e de comunidade num mundo globalizado, que requer uma crescente participação cívica dos cidadãos.
A informação, o conhecimento e a educação, partilhados e disponíveis em rede(s), são requisitos fundamentais para essa participação, capaz de reclamar direitos e de reconhecer deveres num contexto de crescente desigualdade. São ainda garantes dos direitos de cidadania e agentes no combate aos diversos obstáculos à coesão social: situação socioeconómica, diferenças culturais, educacionais e étnicas, e localização geográfica, entre outros.
Que políticas e programas podem definir e desenvolver os serviços de informação (bibliotecas, arquivos, centros de documentação…) para estes fins? Que evidências existem do que já está a ser feito? Que instrumentos têm ao seu dispor? Que princípios organizativos e técnicos devem seguir? Que recursos são indispensáveis? Como é que a evolução tecnológica influencia estes papéis?

Subtema 2
POLÍTICAS E ENQUADRAMENTO LEGAL

A Sociedade em Rede configura uma nova forma de organização social e produtiva que coloca novos problemas, exige dimensões inovadoras das políticas públicas e, consequentemente, a criação de normativos legais que lhes sirvam de suporte. Nesta Sociedade, a informação constitui um recurso essencial para todas as actividades humanas e, nessa medida, as políticas públicas e o correspondente enquadramento legal devem garantir a liberdade de informação enquanto direito fundamental de todos os cidadãos na sua dupla vertente de liberdade de expressão e liberdade de acesso à informação.
Os sistemas de biblioteca e de arquivo e os serviços de informação, em geral, constituem componentes essenciais da infra-estrutura informacional, cultural e educacional da Sociedade em Rede e garantem o exercício do direito individual de acesso à informação, pelo que reclamam, para o desempenho eficaz das respectivas funções, um quadro legal específico, coerente e articulado, que deve ser acompanhado dos meios suficientes para garantir a sua implementação.
Que políticas se exigem para colmatar as lacunas e incoerências da legislação existente no domínio da informação, com vista à construção de um novo quadro de intervenção? Que acções se devem desenvolver para um alinhamento com as recomendações dos principais organismos internacionais, em particular do Conselho da Europa? De que modo devem os diferentes stakeholders e, em particular, os profissionais da informação ser chamados a participar activamente?

Subtema 3
INFRA-ESTRUTURAS: INTEGRAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, COORDENAÇÃO

Em Portugal, apesar dos importantes avanços registados nas últimas décadas e dos avultados investimentos já realizados na criação e/ou modernização de infra-estruturas de gestão e difusão da informação (bibliotecas públicas, universitárias e escolares, arquivos distritais e municipais), continuamos a registar algum atraso, qualitativo e quantitativo, comparativamente à generalidade dos países europeus. Este quadro é agravado pela deficiência, ou inexistência, de coordenação, cooperação e integração entre essas infra-estruturas.
Neste contexto, o campo para a análise, a reflexão, o debate e a proposta de caminhos e soluções está aberto e pode ser fértil.
Que boas práticas e casos exemplares existem no domínio das infra-estruturas e da sua integração e que exemplos relevantes surgiram nos últimos anos, a nível nacional e internacional? Como promover a cooperação, a partilha de recursos e o desenvolvimento das infra-estruturas já existentes? Que novos tipos de infra-estruturas (equipamentos e outros recursos físicos, infra-estruturas e serviços digitais) necessitamos para o futuro e como se devem relacionar? Que novos tipos de integração e de redes necessitamos, para além das “tradicionais” redes por tipo de instituição: redes por tipo de informação e público (informação cultural, governamental, etc.), redes de base geográfica (local, regional)? Como garantir o adequado funcionamento e desenvolvimento das infra-estruturas e assegurar a sua sustentabilidade?

Subtema 4
CONTEÚDOS: GESTÃO, ACESSIBILIDADE, UTILIZAÇÃO

Numa sociedade que prima pelo aumento exponencial de conteúdos e da sua disponibilização maciça, urge conhecer e encontrar os meios gestionários que permitam garantir a acessibilidade e a utilização sem reservas dessa informação, desde que para fins consentâneos com o respeito pelos direitos salvaguardados legalmente, e a preservação da evidência e memória colectiva.
As práticas de gestão de conteúdos variam com o fim para que foram criados; porém, a experiência mostra que cada vez mais é necessária a utilização de normas e a partilha de boas práticas para uma ampla e fácil acessibilidade e uma utilização justa dos conteúdos.
Cientes das diversas tipologias de conteúdos existentes e da qualidade de que os mesmos se revestem, importará questionar: que princípios organizativos e metodologias se vão praticando e quais os que poderão ser desenvolvidos para optimizar a gestão da informação e a sua utilização? Há experiências inovadoras e de boas práticas que seja importante conhecer? Permitem uma gestão de qualidade orientada para os utilizadores internos e externos das organizações? Que acessibilidades garantem? Que utilizações proporcionam?

Subtema 5
COMPETÊNCIAS: LITERACIA DA INFORMAÇÃO, FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS

Na denominada Sociedade em Rede, a comunicação da informação requer competências que vão muito para além da tradicional alfabetização, e a manipulação da tecnologia é hoje indissociável da produção, uso e difusão de mensagens e conteúdos, numa lógica de partilha e colaboração entre cidadãos, profissionais e especialistas das mais diversas áreas. Ao profissional da Informação cabe um papel de mediador activo no processo info-comunicacional, pelo que se impõe que adquira competências de novo tipo no âmbito de um modelo formativo também renovado e voltado para a realidade da Era Digital.
Que tipo de literacia informacional é hoje indispensável? Que competências devem adquirir os profissionais da informação para poderem agir e desempenhar eficazmente a sua função de gestores e mediadores nos processos informacionais que ocorrem nos mais diversos contextos, tanto institucionais, como individuais e informais? Que desafios, impacto e respostas vão sendo dadas pelos agentes e instâncias mais díspares na conjuntura de rede da Era da Informação em que estamos já plenamente imersos?

10º Congresso BAD - Guimarães, 7 a 9 de Abril de 2010

Tema: Politicas de Informação na Sociedade em Rede

Para maximizar os benefícios sociais e económicos da sociedade em rede, é essencial formular e implementar políticas que, para além do acesso aos meios tecnológicos, promovam a criação, o fluxo e a utilização de ideias e de informação. As bibliotecas, os arquivos e, em geral, os serviços de informação, enquanto agentes activos na cadeia da informação e infra-estruturas fundamentais para o desenvolvimento integral dos cidadãos e para as actividades de organizações públicas e privadas, constituem parte integrante de políticas de informação abrangentes e articuladas, nas quais devem ocupar um lugar central.
Com o tema “Políticas de Informação na Sociedade em Rede”, o 10.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas constitui um fórum privilegiado de reflexão e debate sobre a nova geração de políticas de informação que, no início do século XXI, deverão ser definidas e postas em prática com o duplo objectivo de desenvolver recursos, serviços e sistemas de informação que sirvam toda a comunidade nacional e dotar os cidadãos portugueses com competências acrescidas de literacia da informação.
Em nome do Conselho Directivo Nacional da BAD e da Comissão Organizadora do 10.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas saúdo os colegas presentes este fórum
profissional, para o qual estão a contribuir com o melhor do seu esforço e do seu saber, e faço votos para que aqui vivam momentos marcantes de enriquecimento profissional e de convívio.

António Pina Falcão
Presidente da BAD

Temática
O desenvolvimento, nas últimas décadas, das redes de comunicação digital e a sua utilização em todas as actividades dos indivíduos e dos grupos sociais criaram condições de comunicação sem paralelo na História da Humanidade e, consequentemente, de partilha de informação e de conhecimento.
A sociedade em rede, como vem sendo designada a nova forma de organização social baseada nas redes de comunicação digital, não garante o usufruto, contudo, por todos os membros da comunidade, da informação e do conhecimento veiculado por essas redes.
Para maximizar os benefícios sociais e económicos da sociedade em rede, é essencial formular e implementar políticas que, para além do acesso aos meios tecnológicos, optimizem a criação, o fluxo e a utilização de ideias e de informação. As bibliotecas, os arquivos e, em geral, os serviços de informação, enquanto agentes activos na cadeia da informação e infra-estruturas fundamentais para o desenvolvimento integral dos cidadãos e para as actividades de organizações públicas e privadas, constituem parte integrante de políticas de informação abrangentes e articuladas, nas quais devem ocupar um lugar central.
Com o tema “Políticas de Informação na Sociedade em Rede”, o 10.º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas constitui um fórum privilegiado de reflexão e debate sobre a nova geração de políticas de informação que, no início do século XXI, deverão ser definidas e postas em prática com o duplo objectivo de desenvolver recursos, serviços e sistemas de informação que sirvam toda a comunidade nacional e dotar os cidadãos portugueses com competências acrescidas de literacia da informação.

Subtema 1
INFORMAÇÃO E SOCIEDADE: IDENTIDADE, CIDADANIA, COESÃO ECONÓMICA E SOCIAL

O conhecimento sobre as raízes e a história de um povo ou de uma comunidade está entre os seus mais fortes elementos identitários.
Língua, cultura, tradições, mas também o registo e a memória das actividades de instituições e pessoas plasmam os sentimentos de pertença e de comunidade num mundo globalizado, que requer uma crescente participação cívica dos cidadãos.
A informação, o conhecimento e a educação, partilhados e disponíveis em rede(s), são requisitos fundamentais para essa participação, capaz de reclamar direitos e de reconhecer deveres num contexto de crescente desigualdade. São ainda garantes dos direitos de cidadania e agentes no combate aos diversos obstáculos à coesão social: situação socioeconómica, diferenças culturais, educacionais e étnicas, e localização geográfica, entre outros.
Que políticas e programas podem definir e desenvolver os serviços de informação (bibliotecas, arquivos, centros de documentação…) para estes fins? Que evidências existem do que já está a ser feito? Que instrumentos têm ao seu dispor? Que princípios organizativos e técnicos devem seguir? Que recursos são indispensáveis? Como é que a evolução tecnológica influencia estes papéis?

Subtema 2
POLÍTICAS E ENQUADRAMENTO LEGAL

A Sociedade em Rede configura uma nova forma de organização social e produtiva que coloca novos problemas, exige dimensões inovadoras das políticas públicas e, consequentemente, a criação de normativos legais que lhes sirvam de suporte. Nesta Sociedade, a informação constitui um recurso essencial para todas as actividades humanas e, nessa medida, as políticas públicas e o correspondente enquadramento legal devem garantir a liberdade de informação enquanto direito fundamental de todos os cidadãos na sua dupla vertente de liberdade de expressão e liberdade de acesso à informação.
Os sistemas de biblioteca e de arquivo e os serviços de informação, em geral, constituem componentes essenciais da infra-estrutura informacional, cultural e educacional da Sociedade em Rede e garantem o exercício do direito individual de acesso à informação, pelo que reclamam, para o desempenho eficaz das respectivas funções, um quadro legal específico, coerente e articulado, que deve ser acompanhado dos meios suficientes para garantir a sua implementação.
Que políticas se exigem para colmatar as lacunas e incoerências da legislação existente no domínio da informação, com vista à construção de um novo quadro de intervenção? Que acções se devem desenvolver para um alinhamento com as recomendações dos principais organismos internacionais, em particular do Conselho da Europa? De que modo devem os diferentes stakeholders e, em particular, os profissionais da informação ser chamados a participar activamente?

Subtema 3
INFRA-ESTRUTURAS: INTEGRAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, COORDENAÇÃO

Em Portugal, apesar dos importantes avanços registados nas últimas décadas e dos avultados investimentos já realizados na criação e/ou modernização de infra-estruturas de gestão e difusão da informação (bibliotecas públicas, universitárias e escolares, arquivos distritais e municipais), continuamos a registar algum atraso, qualitativo e quantitativo, comparativamente à generalidade dos países europeus. Este quadro é agravado pela deficiência, ou inexistência, de coordenação, cooperação e integração entre essas infra-estruturas.
Neste contexto, o campo para a análise, a reflexão, o debate e a proposta de caminhos e soluções está aberto e pode ser fértil.
Que boas práticas e casos exemplares existem no domínio das infra-estruturas e da sua integração e que exemplos relevantes surgiram nos últimos anos, a nível nacional e internacional? Como promover a cooperação, a partilha de recursos e o desenvolvimento das infra-estruturas já existentes? Que novos tipos de infra-estruturas (equipamentos e outros recursos físicos, infra-estruturas e serviços digitais) necessitamos para o futuro e como se devem relacionar? Que novos tipos de integração e de redes necessitamos, para além das “tradicionais” redes por tipo de instituição: redes por tipo de informação e público (informação cultural, governamental, etc.), redes de base geográfica (local, regional)? Como garantir o adequado funcionamento e desenvolvimento das infra-estruturas e assegurar a sua sustentabilidade?

Subtema 4
CONTEÚDOS: GESTÃO, ACESSIBILIDADE, UTILIZAÇÃO

Numa sociedade que prima pelo aumento exponencial de conteúdos e da sua disponibilização maciça, urge conhecer e encontrar os meios gestionários que permitam garantir a acessibilidade e a utilização sem reservas dessa informação, desde que para fins consentâneos com o respeito pelos direitos salvaguardados legalmente, e a preservação da evidência e memória colectiva.
As práticas de gestão de conteúdos variam com o fim para que foram criados; porém, a experiência mostra que cada vez mais é necessária a utilização de normas e a partilha de boas práticas para uma ampla e fácil acessibilidade e uma utilização justa dos conteúdos.
Cientes das diversas tipologias de conteúdos existentes e da qualidade de que os mesmos se revestem, importará questionar: que princípios organizativos e metodologias se vão praticando e quais os que poderão ser desenvolvidos para optimizar a gestão da informação e a sua utilização? Há experiências inovadoras e de boas práticas que seja importante conhecer? Permitem uma gestão de qualidade orientada para os utilizadores internos e externos das organizações? Que acessibilidades garantem? Que utilizações proporcionam?

Subtema 5
COMPETÊNCIAS: LITERACIA DA INFORMAÇÃO, FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS

Na denominada Sociedade em Rede, a comunicação da informação requer competências que vão muito para além da tradicional alfabetização, e a manipulação da tecnologia é hoje indissociável da produção, uso e difusão de mensagens e conteúdos, numa lógica de partilha e colaboração entre cidadãos, profissionais e especialistas das mais diversas áreas. Ao profissional da Informação cabe um papel de mediador activo no processo info-comunicacional, pelo que se impõe que adquira competências de novo tipo no âmbito de um modelo formativo também renovado e voltado para a realidade da Era Digital.
Que tipo de literacia informacional é hoje indispensável? Que competências devem adquirir os profissionais da informação para poderem agir e desempenhar eficazmente a sua função de gestores e mediadores nos processos informacionais que ocorrem nos mais diversos contextos, tanto institucionais, como individuais e informais? Que desafios, impacto e respostas vão sendo dadas pelos agentes e instâncias mais díspares na conjuntura de rede da Era da Informação em que estamos já plenamente imersos?

11º Congresso BAD - Lisboa, 18 a 20 de outubro de 2012

Tema: Integração, Acesso e Valor Social

As Bibliotecas e os Arquivos afirmam-se, hoje como no passado, como plataformas privilegiadas para o acesso à informação e ao conhecimento, conjugando uma complexa realidade de fatores humanos, materiais e tecnológicos para um exercício igualitário dos direitos e deveres sociais, cívicos e culturais.
Enquanto organizadores, mediadores e facilitadores de acesso, os profissionais de informação e documentação são o esteio essencial para potenciar o valor social da informação e o alcance estratégico que hoje assumem as tecnologias de informação pela sua capacidade de construir integração.
A gestão de sistemas e redes de informação é uma necessidade fundamental da qual dependem, cada vez mais, a sustentabilidade e resultados das instituições mas também a relevância e impacto dos serviços de informação que prestam e da permanência do património que gerem.
Em 2012, o 11º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas apresenta-se como um espaço de reflexão e debate sobre o presente e o futuro das bibliotecas e arquivos face a um contexto de condicionalismos e exigências que desafiam conceitos, meios e soluções.
Linhas temáticas:

  1. Gestão de sistemas e redes informação, enfatizando as questões conceptuais, de sustentabilidade e otimização das infraestruturas tecnológicas, e a importância das normas e funções partilhadas para o desenvolvimento de serviços em rede baseados na distribuição e reutilização de dados e informação.
  2. Tecnologia ao serviço dos utilizadores, sublinhando o potencial de novas soluções para a requalificação, diversificação e personalização dos produtos e serviços de informação digital.
  3. Abertura e integração organizacional, visando as exigências, modelos e possibilidades de funcionamento das organizações em ambiente de rede aberta para a produção de serviços baseados na partilha e cooperação.
  4. Profissionais e Instituições, focando questões que hoje se colocam à natureza da profissão e das organizações, e apresentando experiências, projetos, reflexões e perspetivas para o reforço das suas competências e áreas de intervenção.
  5. Valor social das bibliotecas e arquivos, discutindo as questões da importância, alcance e reconhecimento da sua função para o desenvolvimento cívico, científico, cultural e económico dos indivíduos e da sociedade.

11º Encontro Nacional de Arquivos Municipais

Tema: Arquivística e competitividade na Administração local: ferramentas inovadoras para a gestão da informação

O Grupo de Trabalho de Arquivos Municipais (GT-AM) da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD), vai realizar o 11º Encontro Nacional de Arquivos Municipais, em parceria com o Município de Esposende, nos dias 14 e 15 de Novembro, subordinado ao tema Arquivística e competitividade na Administração Local: Ferramentas inovadoras para a gestão da informação.
O Encontro Nacional de Arquivos Municipais é um espaço de partilha de conhecimento e de experiências, especialmente dedicado aos Arquivos Municipais.
Num momento de dificuldades, mas também de desafios, a palavra de ordem é competitividade. O que fazemos para cumprir a missão de um Arquivo Municipal? Como articulamos a informação do passado com aquela que se produz atualmente nas nossas organizações? Como podemos intervir na produção de informação e como pretendemos contribuir para a sua preservação?
Quando se discutem as funções do Estado e em que assistimos a significativas alterações nas dinâmicas de funcionamento da Administração Local, o GT-AM / BAD pretende com este encontro contribuir para a reflexão e o debate em torno de ferramentas inovadoras para a gestão de informação e do modo como estas podem promover a competitividade da Administração.
Como fazer?
– Da Macroestrutura funcional (MEF) ao Plano de Classificação da Informação Arquivística para a Administração Local (PCIAAL)
– Gestão por processos e modelação de processos
– Avaliação arquivística suprainstitucional e reutilização da informação
– Transição de sistemas pretéritos

Como medir?
– Avaliação de desempenho em sistemas de informação

Comissão Organizadora

Comissão Executiva
Vitor Marinho (Município de Ponte da Barca)
Cristiana Freitas (Município de Ponte de Lima)
Sandra Nobre (Município de Esposende)
Fernanda do Ó Rodrigues (Município de Sesimbra)
João Sabóia (Município de Loulé)

Conselho Científico
Alexandra Lourenço
Manuel Luís Real
Carlos Guardado (Município de Torres Vedras)
Helena Neves (Município de Lisboa)
Sónia Negrão (Município de Albufeira)

12º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas

Tema: Ligar. Transformar. Criar Valor.

Este é o lema para o 12º Congresso da BAD que serve de mote à reunião dos profissionais de informação e documentação, das bibliotecas e dos arquivos de Portugal. Convocam-se todos os profissionais, investigadores, académicos e estudantes para um percurso de desenvolvimento técnico e científico, sustentado neste lema e com o objetivo de:
1) Provocar um olhar atento sobre os sinais e as transformações permanentes da profissão e das instituições;
2) Investir no engenho e energia comum para afirmar o valor económico e social das instituições e a permanente urgência de revalorização e recriação dos serviços;
3) Apostar forte e estrategicamente na construção e aprofundamento de redes para interligar sistemas de informação, recursos, conteúdos e estruturas de organização.

O tema genérico do Congresso será detalhado e aprofundado com base nas seguintes linhas temáticas:

  • Serviços e criação de valor
  • Ecossistemas de informação e plataformas de colaboração
  • Gestão e transformação de saberes e práticas
  • Promoção, integração e cidadania

LINHAS TEMÁTICAS

Serviços e criação de valor
No atual contexto socioeconómico, e no discurso político dominante, as unidades de informação vivem com especial acuidade o paradoxo de todo o setor público: num contexto de permanente inovação tecnológica veem a sua relevância acrescida ao mesmo tempo que os seus recursos são sistematicamente cerceados. Paralelamente, este período de constrangimentos, pressiona a baixa de custos e questiona inevitavelmente o posicionamento destes serviços no contexto organizacional e empresarial. Urge pois criar serviços que respondam às necessidades dos utilizadores e ao mesmo tempo enfatizar a sua importância, reinventando modos de comunicação, desenvolvendo e fomentando ações estruturadas de advocacy.
Que novos serviços estão a ser desenvolvidos para ajudar os cidadãos a lidar com situações agravadas pela conjuntura económica e social, como o desemprego ou dificuldades financeiras?
Que políticas estão a ser definidas e postas em prática para o cumprimento dos papéis sociais destas unidades?
Como se adaptam e evoluem os serviços de informação nas instituições e empresas num contexto organizacional muito volátil, onde o valor da informação facilmente pode ser desconsiderado?
Que estudos estão a ser feitos e que projetos estão no terreno visando a criação e a demonstração do valor económico e impacto social das unidades de informação?
Como é conjugada a necessidade de desenvolvimento tecnológico com a escassez de recursos financeiros?
O que estão a fazer as diversas partes interessadas para contrariar a imagem degradada do setor público, incluindo as unidades de informação, e afirmar continuadamente o seu valor económico e o impacto social?

Ecossistemas de informação e plataformas de colaboração
O desenvolvimento de sistemas, serviços e redes de informação nas duas últimas décadas, implica atualmente um compromisso sobre a gestão desses sistemas e redes e a sustentabilidade e otimização das infraestruturas. Os desafios tecnológicos da interoperabilidade e interligação de sistemas organizacionais e de informação, reforçam a importância das normas e padrões, e conferem maior relevância aos processos e funções partilhadas no desenvolvimento de ecossistemas de informação sustentados em redes distribuídas e na reutilização de dados. As plataformas de colaboração e disseminação de informação ganharam relevância e expressão e são hoje meios estratégicos ao serviço dos profissionais e das organizações.
Que estudos revelam o impacto dos serviços de informação desenvolvidos e as preocupações com a permanência do património que as instituições gerem e a sustentabilidade das infraestruturas de informação?
Que novas estratégias e serviços foram desenvolvidos baseados em plataformas de colaboração, novos suportes tecnológicos e sistemas de redes sociais e de comunicação, requalificando recursos, diversificando e personalizando produtos e serviços de informação digital?
Que desenvolvimentos se configuram necessários para o estabelecimento de redes de partilha de recursos, reutilização de informação e infraestruturas interoperáveis de dados?
Como participam as instituições gestoras e geradoras de dados e informação em sistemas de maior amplitude nacional e internacional, e de que modo esses mecanismos de participação melhoram o seu desempenho interno, impacto externo e relevância institucional?
Quais os trabalhos e desenvolvimentos de maior relevância para a curadoria da informação, processos de gestão da documentação, normalização e padrões de qualidade?

Gestão e transformação de saberes e práticas
A adaptação dos profissionais e das organizações ao devir social, político, económico e tecnológico obriga a uma permanente reflexão sobre a adequabilidade das práticas profissionais em presença num dado momento. A comunidade internacional tem vindo a investigar, questionar e propor novas alternativas, que atingem inclusive o núcleo base dos saberes e das práticas tradicionalmente aceites.
Por outro lado, as exigências organizacionais e societais apontam para uma plasticidade dos perfis profissionais, onde têm cada vez menos lugar as velhas dicotomias.
Que tendências se podem divisar relativamente à transformação dos saberes profissionais tradicionais?
Que temas constituem hoje o núcleo central da discussão à volta das questões estratégicas do futuro profissional?
Como se posicionam as instituições e os profissionais portugueses perante estas novas questões?
É necessário um novo perfil profissional? Se sim, quais os seus traços essenciais?
Estará a formação em Ciências da Informação em Portugal a encarar estes novos desafios?

Promoção, integração e cidadania
Numa conjuntura de restrição de recursos, os profissionais da informação sentem, cada vez mais, que é necessário afirmar o seu valor e o dos serviços que prestam, junto das comunidades e dos decisores políticos. Reconhecem a necessidade de contribuir para a sustentabilidade destes serviços e salientar o seu papel no fomento da literacia da informação, das competências de aprendizagem e de pensamento crítico na sociedade atual, bem como da transferência de saberes para o mundo profissional e empresarial. Procuram os melhores caminhos para remover constrangimentos e promover a redução das assimetrias sociais, culturais e geográficas no acesso aos recursos informacionais e na sua exploração, reforçando a integração social e a cidadania, combatendo os efeitos negativos da interioridade e as dificuldades de afirmação de comunidades periféricas. Esforçam-se por fazê-lo com criatividade, habilidade e talento, criando valor para a sociedade.
Que estudos estão à nossa disposição para conhecer o percurso do país neste domínio?
Que experiências de sucesso desenvolvemos, a este nível? Com que meios, resultados e impacto?
Que políticas e estratégias devem ser implementadas no país e nas suas organizações para afirmar o valor dos serviços de informação e o seu papel na afirmação da cidadania e da integração social?
Como fazer reconhecer esse valor junto dos decisores políticos e das comunidades?
Que orientações e projetos internacionais podem servir de referência para aplicar a projetos nacionais e desenvolver as nossas práticas? Podemos fazer melhor?

12º Encontro Nacional de Arquivos Municipais

Tema: Arquivos Municipais: o que há de novo?

Mantendo uma tradição de debate e partilha de conhecimentos, a Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD), através do seu Grupo de Trabalho de Arquivos Municipais (GT-AM) organiza o 12º Encontro Nacional de Arquivos Municipais contando, este ano, com a colaboração do Município de Castelo Branco que acolhe o referido Encontro.
Subordinado ao tema “Arquivos Municipais: o que há de novo?” o Encontro vai realizar-se nos dias 14 e 15 de Outubro no Cine Teatro Avenida – Castelo Branco e pretende abordar matérias relacionadas com as políticas, os instrumentos e os procedimentos geradores de mudança.
Nesta linha, desenvolver-se-ão eixos de reflexão em torno da Reestruturação da Administração Local (extinção e fusão de entidades designadamente de freguesias, serviços municipalizados, empresas municipais e Comunidades intermunicipais – CIM), da Interoperabilidade nos sistemas de informação (plataformas e projetos de normalização, uniformização de processos e procedimentos de que são exemplo o Balcão de Empreendedor, o e-RJUE, ou o Licenciamento Zero), da Desmaterialização da informação (adaptação e reorganização interna para o e-government) e Da organização ao usa da informação (valorização da informação como ativo organizacional e fundamental para a promoção da cidadania plena).

Eixos temáticos
Eixo 1 – Reestruturação da administração local
Extinção e fusão de entidades da Administração Local, designadamente de freguesias, serviços municipalizados, empresas municipais e comunidades intermunicipais (CIM). Municipalização, descentralização de competências para as autarquias e concentração de competências nas CIM.

  • Que impactos na governação e na responsabilização social?
  • Que impactos na organização e armazenamento da informação?
  • Que impactos nos serviços de arquivo?

Eixo 2 – Interoperabilidade nos sistemas de informação
Afirmação da nova identidade da administração pública com crescentes exigências de transparência da gestão. Plataformas e projetos de normalização, uniformização de processos e procedimentos, desburocratização (ex. balcão do empreendedor, licenciamento zero, e-RJUE).

  • Que impactos na (re)configuração dos Sistemas de Informação?
  • Que impactos na organização, representação e (re)utilização da informação?
    -Que impactos na profissão de arquivista e gestor de informação?

Eixo 3 – Desmaterialização da Informação
Adaptação e reorganização interna para o e-government. A existência de um quadro legal para a desmaterialização versus a ausência de políticas e recursos (financeiros, tecnológicos e humanos) para uma gestão organizacional sustentável, que garantam a preservação e o acesso à informação a longo termo.

  • Que impactos de medidas legislativas (ex. Novo Código de Procedimento Administrativo) na Gestão da Informação na -
  • Administração Local?
  • Que impactos na gestão organizacional?
  • Que impactos na preservação da informação?

Eixo 4 – Da organização ao uso da informação
A valorização da informação como ativo organizacional e fundamental na resposta à promoção da cidadania plena. A informação como vértice entre a tecnologia e as pessoas.

  • Que impactos no acesso à informação?
  • Que impactos na satisfação das necessidades das pessoas?
  • Que impactos na gestão do conhecimento (ex. os municípios enquanto centros de conhecimento local)?

13º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas

O 13º Congresso Nacional de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, sob o lema “Sustentabilidade & Transformação”, realiza-se nos próximos dias 24 a 26 de mês de outubro, na cidade do Fundão.
Marque estas datas no calendário!
A BAD vai organizar esta nova edição do congresso em parceria com a Câmara Municipal do Fundão, tendo sido assinado, no passado dia 19 de janeiro, um protocolo de colaboração.
Este evento magno da comunidade de profissionais de informação e documentação reúne com periodicidade trienal, como vem sendo habitual. Ao longo de três dias, as conferências irão realizar-se nos múltiplos auditórios da cidade do Fundão, com especial relevo para o Pavilhão Multiusos. O programa irá propor um itinerário por temáticas tão diversas como: memória, património e ciência aberta; redes, comunidades e literacias; direito à informação; tecnologia e infraestrutura.
Todas as informações sobre a estrutura do congresso e formas de submissão das propostas de trabalho, inscrições e informações úteis serão anunciadas no início de fevereiro.

13º Encontro da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas

A Direção-Geral do Livro e das Bibliotecas, em colaboração com a BAD – Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, promove este ano o 13º Encontro de Bibliotecários da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP).
Pretende-se, 25 anos após a criação do Programa da RNBP, que o Encontro seja, de novo, um espaço de reflexão e debate sobre as bibliotecas públicas no presente e no futuro, pelo que se convidam os Bibliotecários e os Autarcas com responsabilidades na gestão destes equipamentos, a nele terem uma ativa participação.
O Encontro, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Cascais, realiza-se nos dias 4 e 5 de Maio de 2012, no Centro de Congressos do Estoril.

Apoio: CM Cascais

13º ENCONTRO DE ARQUIVOS MUNICIPAIS

A Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD), através do seu Grupo de Trabalho de Arquivos Municipais (GT-AM) organizou o 13º Encontro Nacional de Arquivos Municipais contando, nesta edição, com a colaboração do Município de Cascais que acolhe o referido Encontro.

Subordinado ao tema “Gestão Documental: Interoperabilidade e acesso continuado” o Encontro realizou-se nos dias 18 e 19 de Outubro de 2019 no auditório da Casa das História Paula Rego, em Cascais.

É objetivo deste Encontro promover a reflexão em torno do tema Gestão Documental: Interoperabilidade e acesso continuado. Partindo deste tema principal, a discussão contará com a participação de reconhecidos especialistas que se debruçarão sobre os seguintes eixos de reflexão: Descentralização e transferência de competências, Interoperabilidade e trabalho em rede e ainda Recuperação da informação.

EIXOS TEMÁTICOS:

  1. No eixo Descentralização e transferência de competências pretende-se abordar e questionar a problemática da descentralização de competências para as autarquias. Em matéria de gestão da informação, a descentralização reposiciona a importância do ficheiro de autoridades, questiona a pertinência e a forma de acesso a sistemas de informação alheios, alerta para os desafios da migração de bases de dados em situações de descontinuação de sistemas.
  2. No eixo Interoperabilidade e trabalho em rede será oportuno refletir sobre as diferentes formas de interoperabilidade previstas (técnica, semântica e organizacional), sobre os desafios da sua operacionalização, a interoperabilidade entre sistemas de gestão documental e aplicações de negócio de uma mesma organização, ou entre sistemas de organizações distintas que partilham responsabilidades. A interoperabilidade pode ainda ser abordada na perspetiva da mais valia do trabalho colaborativo, em rede, como forma de potenciar os conhecimentos e as experiências de cada profissional, ao serviço das suas organizações.
  3. No eixo Recuperação da informação haverá oportunidade para refletir sobre as novas formas de arquivo, a desmaterialização, o armazenamento, os repositórios e o acesso mediado pela tecnologia, a preservação digital e o acesso continuado da informação de arquivo. Os documentos normativos e as orientações para a gestão eletrónica, de que são exemplo a NP 4438 e o MoReq2010, poderão assumir neste eixo um papel relevante. Em matéria de recuperação da informação importa não esquecer o acesso à informação do passado, a organização e disponibilização dos arquivos históricos, e as diferentes formas de divulgação.

Neste Encontro haverá ainda oportunidade de, independentemente dos eixos propostos, os profissionais e investigadores participarem com comunicações, apresentações 24×7 e posters, partilhando projetos em curso ou resultados de trabalhos de investigação.

14° Encontro Nacional de Arquivos Municipais

Em colaboração com o Município da Marinha Grande, o Grupo de Trabalho de Arquivos Municipais (GTAM), está a organizar o 14º Encontro Nacional de Arquivos Municipais (ENAM). Com o tema Transparência e Gestão da Informação, o Encontro vai realizar-se na cidade da Marinha Grande, nos dias 21 e 22 de outubro.
Mantendo a tradição de debate e partilha de conhecimentos, o GTAM pretende promover a discussão e reflexão sobre a Transparência e Gestão da Informação em torno de três eixos:

  1. Proteção de dados pessoais e transparência
  2. Desmaterialização e acesso continuado
  3. Cidadania e participação

Eixo 1: Proteção de dados pessoais e transparência
No âmbito da transparência e gestão da informação, inúmeros desafios são lançados pelas muitas tensões entre os regimes da proteção de dados pessoais e do acesso à informação administrativa. Se é verdade que o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) veio introduzir um grau de maior segurança na forma como são tratados os dados pessoais, também é certo que não se trata do único valor a preservar nos diferentes Estados-membros da União Europeia. Efetivamente, o postulado da transparência administrativa e da consequente existência de uma administração com paredes de vidro e com o arquivo aberto, protegidos pela Lei de Acesso aos Documentos Administrativos (LADA) são, também eles, exigências de um Estado de direito democrático. Neste contexto, várias questões se colocam: como delimitar a aplicação do RGPD e da LADA? Como garantir um padrão mínimo comum de aplicação do RGPD nos diferentes Estados-membros da União Europeia? Até que ponto é possível definir perfis de utilizadores é mesmo exigido que se estabeleçam diferentes tipos de permissões de acesso à informação dentro de uma mesma organização? Pode ser disponibilizada informação online?
Tiago Fidalgo de Freitas, Professor Faculdade de Direito (UL)

Eixo 2: Desmaterialização e acesso continuado
Este eixo dedica-se a questões como a transparência e a accountability, que invocam a necessidade de acesso continuado. Tal implica uma reflexão constante na forma de pensar, conceber, planear e aplicar a gestão da informação orientada não só para as necessidades internas das organizações, mas também dos públicos em geral. Tendo em vista as expectativas da Sociedade, e a necessidade de desburocratizar os organismos, urge fazer-se a desmaterialização da informação analógica existente e as tramitações que continuam a registar informação de arquivo.
Estes aspetos constituem incentivos para o desenvolvimento, utilização e disponibilização de repositórios e plataformas que permitam o registo, ingestão, gestão, disseminação e acesso a informação eletrónica, suficientemente seguros (apelando às questões de proteção de dados e cibersegurança) para garantirem a confiabilidade por parte dos vários participantes e partes interessadas nos processos e que comuniquem entre si, de acordo com os critérios e normas de interoperabilidade. Devem, nesta lógica, permitir a execução das funções de gestão documental/arquivo – desde o registo à avaliação – adaptadas às realidades híbridas e nadodigitais, garantindo a preservação e acesso à informação pelo tempo considerado necessário para os mais variados fins. As possibilidades da transversalidade e interoperabilidade tornam viável convergências de recursos e economias de escala.
Luís Corujo, Professor Faculdade de Letras (UL)

Eixo 3: Cidadania e participação
No desdobramento do ponto 11 (“Cidades e Comunidades Sustentáveis”) da lista de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que visa “fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o património cultural e natural do mundo”, num momento difícil para a vida em comunidade, permeado por medidas sanitárias restritivas, pela ambiguidade informacional e pelo escalar de uma Guerra, cumpre refletir sobre os desafios e as oportunidades que se colocam diante dos arquivos. Alguns questionamentos serão cruciais nesse intento:
Que conceitos de cidadania e de participação serão úteis para compreender o papel que desempenham os arquivos, em momentos de transformação social, junto das suas comunidades?
Que legado documental e identitário constroem e salvaguardam os arquivos, tendo como metas a transparência nas ações e as gerações futuras?
Que ações/iniciativas empreendem os arquivos e que papel representam no fortalecimento da democracia e da participação cidadã?
Nesse âmbito, conhecimentos e saberes que contribuam para o reforço da visão participativa e comunitária dos arquivos serão muito bem-vindos. De igual modo, serão também acolhidas as estratégias e as experiências realizadas no terreno, que aproximam os arquivos das suas comunidades, revelando-se de interesse, por exemplo, em projetos virados para o desenvolvimento sustentável ou para a preservação e o reforço da democracia e da participação cidadã. Consequentemente, ideias e práticas que envolvam, em simultâneo, as comunidades e os arquivos, revelando alguma capacidade de transformação, num quadro socio-tecnológico ou histórico-cultural mais amplo, serão igualmente muito bem recebidas.
Cristina Freitas, Professora Universidade de Coimbra

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